Tudo sobre o controlo antidoping

De maneira ilícita, pode-se aumentar o rendimento em uma modalidade esportiva. Para isso, algumas substâncias químicas têm função de melhorar artificialmente o desempenho de um atleta. Além de prejudicar o corpo, essas drogas são modos desleais de competição. Com o intuito de evitar o uso de elementos tóxicos e também barrar usuários adeptos a essa prática ilegal, o exame antidoping é utilizado para coibir e punir esses tipos de atletas.

 

O Exame

 

As orientações da Agência Mundial de Antidoping recomendam que o teste seja feito com a urina, pois é nela que ficam acumuladas as toxinas-  Aproximadamente 65 ml são colhidas. Para que não tenha fraude, um representante do evento (do mesmo sexo que o atleta) é responsável para realizar a operação. Ao mensurar o nível de pH, o volume da amostra é distribuída em dois recipientes: prova e contraprova.

 

Quando detectadas essas substâncias proibidas no frasco ‘’prova’’, é feito um novo exame que serve como contraprova- seguindo sempre as mesmas especificações da primeira amostra. Caso confirme o resultado de doping na segunda amostragem, o atleta e o comitê esportivo são comunicados. O laudo do exame é sempre entregue a organização desportiva, e não ao atleta. As conseqüências são desde uma advertência até o banimento do atleta para participar da competição.

 

Substâncias proibidas

 

Quatro são elas: estimulantes, analgésicos, diuréticos e esteróides.

 

1. Estimulantes: com a eliminação da sensação de cansaço essas substâncias permitem ao atleta melhor desempenho. Atuando no sistema nervoso, esse estímulo em excesso pode ser encontrado em drogas como ecstasy, cocaína e anfetamina.

2. Analgésico: oposto aos estimulantes, os analgésicos tem função de reduzir dores, substância como morfina pertence a essa classe de doping.

3. Diuréticos: tendo como finalidade a brusca perda de peso, essas substâncias proibidas propícia ao atleta se adequar em uma categoria para participar da competição. Ao invés de aderir a uma dieta balanceada, partes desses esportistas optam por esse meio ilícito para obter vantagem competitiva.

4.Esteróides: a mais nocivas dessas substâncias, o esteróide tem por finalidade aumentar massa muscular em curto espaço de tempo. Atrofia dos testículos, infertilidade, hipertensão arterial, aumento do colesterol ruim, infarto agudo do miocárdio, câncer de fígado, aumento da agressividade e distúrbios psiquiátricos, lesão de tendões e músculos, dores de cabeça, diminuição da libido, insônia, fadiga e depressão são sintomas associados ao uso de anabolizantes.

 

Tratamento especial

 

E quando algum atleta faz um acompanhamento clínico e precise usar um ou mais medicamentos que contenham substâncias eu acuse no exame de doping?

Nas modalidades olímpicas e paraolímpicas, os atletas precisam tomar cuidado ao ingerir medicamentos. A atenção tem que ser dobrada em tempos de competição, pois em decorrência de tratamento, muitos esportistas tomam remédios diariamente. A solução para o problema é a substituição de um medicamento por outro que não contenha elementos proibidos pelo comitê desportivo. Caso não consiga a substituição da medicação, é recomendável que o atleta avise com antecedência os médicos responsáveis para que seja efetuada uma série de experiências para analisar a potencialidade da droga no corpo e se ela não irá interferir diretamente no desempenho do esportista.

4 formas de recuperar o investimento feito num jogador de futebol

Os jogadores de futebol representam um investimento por vezes bem elevado para os clubes que os compram. De que forma fazem os clubes para valorizar e recuperar o investimento dos seus ativos é o assunto que vamos tratar a seguir:

Dar a melhor preparação física possível ao jogador

Para que o investimento feito no jogador possa ser recuperado é necessário que este se encontre no expoente máximo do seu rendimento dentro de campo. Para que isso aconteça há que facultar ao jogador toda a melhor preparação a nível físico para que se encontre em condições de corresponder às espectativas que fundamentaram a sua vinda para o clube.

Prestar a assistência devida ao lado intelectual do jogador

Não só a vertente física precisa de ser treinada e trabalhada intensamente como também todo o estado anímico do jogador tem que ser bem cuidado para que o atleta se encontre na melhor forma possível. Prestar especial atenção a possíveis alterações de comportamento por parte do jogador, eventuais tendências para isolamento, ou outra qualquer anomalia a nível psíquico que possa interferir com o bom rendimento do atleta é uma forma muito inteligente de valorizar o investimento feito. Um jogador em baixo de forma não será nunca um jogador apetecível para outros clubes e não trará os proveitos que o seu próprio clube almeja.

Colocar o jogador em campo sempre que possível

Dar ao jogador oportunidade para jogar e exibir publicamente os seus dotes e as suas qualidades é uma estratégia eficaz para valorizar um atleta. Exposto publicamente o jogador dará nas vistas pela positiva e o clube poderá receber contactos de clubes rivais interessados na sua compra, chegando os preços destas transacções por vezes a atingirem preços astronómicos, dependendo como é evidente da qualidade demonstrada pelo jogador. É uma excelente maneira para não só recuperar o investimento feito como para obter até lucros muito vantajosos com a venda do atleta.

Esforçar-se por conseguir uma equipa de boa qualidade

Não interessa muito ter um magnífico craque numa equipa aonde os outros jogadores tenham um nível inferior de qualidade. Nenhum jogador brilha sozinho e o futebol é um desporto de equipa. Por isso os clubes que pretendam recuperar o investimento feito nos seus activos têm que se esforçar por arranjar uma equipa composta toda por bons elementos. Só numa equipa de alto nível os bons jogadores encontram o espaço de que necessitam para dar o seu máximo e só assim se valorizam superando sempre as dificuldades e melhorando o desempenho a cada jogo que passa.

Reunir toda uma excelente equipa técnica, delinear objectivos ambiciosos para cada temporada e esforçar-se sempre para atingir os melhores resultados conquistando taças e arrecadando troféus é a melhor forma de um clube recuperar o investimento que faz nos seus jogadores. Muito trabalho de equipa, muito amor à camisola por parte de jogadores e dirigentes, muito profissionalismo e entrega a uma causa comum farão com que os investimentos sejam valorizados e os lucros aumentem consideravelmente.

As cláusulas de recompra existentes no futebol

O futebol é uma modalidade cada vez mais dispendiosa para os clubes. Todos os anos são gastos milhões de euros em contratações, salários, logística e infraestruturas para garantir o sucesso de uma equipa. No sentido de minimizar o custo das contratações alguns clubes estão a adicionar cláusulas de recompra de jogadores que outrora venderam. Este artigo pretende mostrar para que servem e como surgiram estas cláusulas ilustrando com alguns exemplos para que se perceba melhor o seu funcionamento.

Para que servem?

Estas cláusulas servem para garantir que um clube que venda um jogador o possa voltar a comprar, caso ele se valorize, a um valor semelhante ao da venda ou até mais baixo que os demais clubes tendo igualmente prioridade para exercer essa mesma opção de compra. Mas atenção, esta cláusula de recompra não é permanente e é só válida por um determinado período de tempo até porque o clube comprador também quer levar em conta os seus interesses e, ao valorizar o jogador, também quer tirar o máximo proveito financeiro do mesmo.

Como surgiram?

Estas cláusulas começaram a surgir e a ser impostas por clubes com um poder financeiro mais elevado ou por clubes que têm academias de formação de alto gabarito mas que não conseguem dar lugar a todos os seus jovens. A dada altura no tempo, venderam jovens da sua formação para poderem jogar com mais regularidade em outros clubes ou incluíram jogadores em negócios que depois acabaram por se valorizar muito no mercado e, caso o quisessem ter de volta, teriam que pagar um valor elevado pelo mesmo.

Alguns exemplos práticos:

Para ilustrar como funciona na prática deixamos aqui três exemplos, um sem cláusula de recompra e outros dois com a referida cláusula:

1.      Matic

Jogador do Chelsea, que foi incluído no negócio da venda de David Luiz para o clube londrino mas que acabou por se valorizar muito ao serviço do Benfica. Para o ter de volta, o Chelsea teve que desembolsar um valor de 25 milhões de euros. Se tivesse tido uma cláusula de recompra, o Chelsea poderia ter poupado alguns milhões de euros.

2.      Morata

Saiu do Real Madrid para a Juventus por 22 milhões de euros e pode voltar ao Real Madrid por 30 milhões. Apesar de ainda poder ganhar 8 milhões de euros, a Juventus quer tirar esta cláusula de recompra visto que está convicta que consegue valorizar o jogador e que o pode conseguir vender por um valor muito superior a 30 milhões num prazo de 2 a 3 anos.

3.      Carlos Vela

Jogador mexicano descoberto pelo Arsenal mas que acabou por ser vendido à Real Sociedad onde tem tido bastante sucesso. O Arsenal pode exercer a sua cláusula de recompra por um valor próximo dos 4 milhões de euros mas existem clubes na Europa que estão dispostos a ir a valores próximos dos 20 milhões de euros para garantir a contratação do jogador.

Os principais benefícios das cláusulas de recompra

  • Valorizar jovens que depois podem ser comprados de volta pelo seu clube de origem a um preço semelhante ou bastante inferior.

  • Garantir que os ativos que outrora tiveram não se transferem para um clube rival, quer nacional, quer europeu.

  • Evitar ter que voltar a adquirir o jogador ao clube que foi vendido pelo valor da cláusula de rescisão ou próximo do mesmo.

As principais diferenças de temperamento no balneário de uma equipa de futebol

Um balneário coeso é uma condição essencial para o sucesso de uma equipa de futebol profissional. No entanto, um balneário coeso não implica, nem pode implicar, que todos os jogadores tenham a mesma personalidade e reajam da mesma forma aos sucessos e aos insucessos. Sendo formado por seres humanos, é natural que dentro do balneário existam diferentes personalidades. É possível estabelecer sete perfis dentro dos quais se encaixam a maioria dos jogadores de futebol.

Os quatro primeiros tipos englobam a maioria dos atletas; os três últimos são os verdadeiros líderes de balneário, imprescindíveis para a manutenção de um bom ambiente e de quem os treinadores se socorrem frequentemente como sendo os seus principais apoios.

1-   O revoltado

Começamos pelo tipo mais desagradável: aquele que não está contente com nada, é rezingão, aceita mal as decisões dos técnicos e ainda pior as intervenções dos capitães de equipa, aos quais raramente reconhece autoridade. É um dos alvos dos líderes de balneário que tentam a todo o custo mantê-lo integrado no grupo e colaborante com as decisões do coletivo. No entanto, é sempre uma potencial fonte de problemas.

2-   O pacato

Constitui o tipo mais frequente. Efetivamente, a maioria dos jogadores encaixa neste perfil: têm consciência de que a sua carreira depende de um certo grau de humildade, de capacidade de aceitação das ordens e sugestões dos treinadores, bem como de um espírito de colaboração ativa e permanente com o grupo de trabalho.

3-   O “graxista”

Este é o tipo de personagem que não se importa de, por vezes, cair no ridículo, desde que esteja sempre nas boas graças dos chefes (treinadores e dirigentes). São normalmente mal aceites no grupo mas estão sempre prontos para colaborar nas decisões do técnico. Por vezes têm o condão de manter uma certa boa disposição no grupo pois funcionam como alvo de alguma chacota.

4-   O fugidio

Este é o elemento desintegrado. Por maior que seja o esforço dos líderes para uma integração total, há sempre jogadores deste tipo, que se recusam a conviver com o grupo. Normalmente são cumpridores das suas obrigações profissionais mas assumem a sua timidez e afastam-se frequentemente da maioria.

Passamos agora para os três tipos mais correntes de líderes de balneário:

5-   O animador do grupo

Normalmente há sempre um jogador que se assume como o mais animado, aquele que tem sempre uma piada para contar. Trata-se de um elemento fundamental para manter a moral da equipa, uma vez que acaba por ser um elemento altamente motivador.

6-   O “irmão” mais velho

Normalmente é um dos mais experientes, que se assume como responsável pela integração dos jogadores mais jovens ou que ingressaram mais recentemente no grupo. Normalmente é escolhido pelos técnicos como um dos capitães da equipa.

7-   O conciliador

É o elemento mais importante do balneário. Todos os treinadores se esforçam por ter alguns jogadores deste tipo no plantel, mesmo que não sejam os mais dotados tecnicamente. Eles são imprescindíveis nos momentos de crise porque revelam uma capacidade excecional para manter o grupo unido e contribuir para a reconciliação de elementos desavindos ou para evitar a formação de grupos rebeldes.

As principais vantagens em contratar o treinador de futebol de um rival

No mundo altamente competitivo do futebol existem vantagens e desvantagens que são inerentes às ações que os clubes empreendem e às decisões que tomam. As novas contratações, renovações de contrato, empréstimos e transferências de jogadores são normalmente as decisões que mais celeuma levanta. Mas quando o clube decide contratar o treinador de um clube rival os ânimos acendem-se decididamente e a polémica gira em torno das possíveis vantagens de tal ação. Quais serão na realidade as vantagens da contratação de um treinador vindo de uma equipa rival?

Uma questão de amor-próprio

A vantagem de contratar um treinador rival é colocar a massa associativa a favor da direção do seu clube. É sem dúvida um trunfo para a direção do clube contratante. Os sócios e simpatizantes vão rejubilar com a esperteza e habilidade negocial dos dirigentes da sua equipa e vão acreditar redobradamente nas suas capacidades de gestão. Normalmente os adeptos sentem as vitórias e as derrotas do seu clube como se fossem suas e “roubar” o treinador aos rivais é sentir a alma lavada e o peito inchado de orgulho. Pode parecer uma atitude descabida ou irracional, mas o futebol mexe com as emoções e as paixões humanas de forma muito mais forte do que possamos imaginar.

Uma maior visibilidade para o clube

A contratação do treinador de um clube rival e principalmente se essa transferência for feita entre duas grandes equipas traz sempre consigo uma enorme visibilidade para o clube contratante. Essa visibilidade pode traduzir-se na obtenção de novos sócios que se aproximam convencidos de que os resultados vão melhorar e expectantes de ver o novo treinador em ação. O futebol é um desporto espetáculo que vive das performances e do desempenho dos jogadores e dos treinadores. Tal como os grandes cantores enchem salas, também os grandes nomes do futebol enchem estádios. O público vai atrás de quem gosta de ver atuar e o futebol não é exceção. Contratar um treinador rival bem-sucedido, famoso e talentoso é trazer mais dinheiro para casa em cada jogo que for disputado.

O treinador rival sabe todos os segredos da sua ultima equipa

Ninguém melhor do que o treinador para saber reconhecer os pontos fracos e fortes de cada um dos seus jogadores, bem como a capacidade de jogo que têm em conjunto. São esses conhecimentos adquiridos aquando do trabalho em conjunto com a equipa anterior que um treinador rival traz consigo para a nova equipa. É muito mais fácil preparar um jogo contra uma equipa da qual se conhecem as reais possibilidades do que contra uma equipa de jogadores desconhecidos. A cada vez que se defrontarem dentro de campo, o conhecimento sobre o adversário será uma vantagem a favor da nova equipa do treinador.

A aquisição de um treinador de reconhecido valor

Normalmente quando se faz a contratação do treinador de uma equipa rival é porque ele é de facto um treinador de excelência com um desempenho reconhecido pelos resultados positivos e pelas boas classificações obtidas. Poder contar com um treinador assim é certamente uma mais-valia para qualquer equipa de futebol. Os métodos de trabalho de cada treinador podem fazer toda a diferença no que diz respeito ao rendimento de uma equipa de futebol. Sem ovos não se fazem omeletes é certo, e sem bons jogadores não se fazem boas equipas de futebol, mas a excelência de um treinador faz muitas vezes pender o prato da balança a favor da sua equipa. Investir num treinador de elevado nível é sempre um bom investimento.

O treinador não costuma vir só

Junto do treinador vão também vários elementos da sua antiga equipa técnica e que formam o seu staff de confiança. A contratação do treinador rival vai fazer com que de uma só vez fiquem ao serviço da nova equipa várias pessoas de grande valor e de reconhecido mérito no desempenho das suas funções. E se é verdade que todos eles vêm ganhar bons ordenados também é verdade que o treinador não faz todo o trabalho técnico sozinho e estando rodeado de pessoal de confiança acostumado a trabalhar em conjunto, o desempenho da equipa vai certamente melhorar muito.

Uma nova perspetiva de trabalhar a equipa

Na preparação dos jogos os treinadores fazem sempre um estudo aprofundado da equipa adversária no sentido de melhor preparem a sua própria equipa para o embate entre as duas. Enquanto fazia parte do clube rival com certeza que o novo treinador terá observado e registado atentamente vários pontos mais fracos e vulneráveis da sua atual equipa. Olhando por uma perspetiva de fora normalmente consegue perceber-se pormenores que passam desapercebidos a quem está do lado de dentro. Esses pontos fracos vão ser trabalhados e melhorados agora que o treinador está deste lado. Esta é uma grande vantagem de contratar um treinador rival. Junto com ele vêm também os conhecimentos precisos para combater eficazmente fraquezas que nem se tinha dado conta existirem na equipa.

O treinador vai esforçar-se ao máximo

Para que o treinador do clube rival aceite treinar outra equipa é mais do que certo que vai ver o seu ordenado mensal aumentado em muito dinheiro. Os treinadores das grandes equipas de futebol valem o seu peso em ouro e os seus clubes de origem pagam-lhes avultadas quantias para garantirem que não os perdem facilmente para clubes rivais. Ao mudar de clube o treinador à semelhança de qualquer outro profissional, vai querer impressionar, dar o seu melhor e merecer o dinheiro que ganha. É mais do que certo que será um treinador eficiente, dedicado e empenhado em trazer bons resultados para a sua nova equipa. Além de que quanto mais ele brilhar enquanto treinador mais se valoriza também dentro do mercado do futebol e essa é uma vantagem para a equipa que o contrata.

Ganhar campeonatos, erguer taças, encher estádios, faturar milhões e acumular títulos é a vontade natural de todos os clubes de futebol. Contratar o melhor treinador é sempre uma forma de aumentar as hipóteses de sucesso da equipa. Se esse treinador for oriundo de um clube rival bem-sucedido traz consigo a marca de garantia de qualidade e é sempre uma boa aposta.